sábado, 8 de agosto de 2015

Cher: 50 anos de carreira da Deusa do Pop!


Matéria: Revista Billboard
Tradução e ''adaptação'': Pedro Baldansa

  Sua carreira como ícone na Billboard começou há 50 anos, quando o single “All I Really Want To Do" da então cantora de 19 anos chegou à parada Billboard Hot 100, datada de 3 de julho de 1965. Pouco mais de um mês mais tarde, com outra música, agora de Sonny & Cher, ela estava no topo da tabela com "I Got You Babe". Desde então, ele tem feito smash hits, filmes de sucesso, programas de TV aclamados por público e crítica e, claro, usado aqueles fabulosos vestidos de Bob Mackie
   No total, ela tem 33 singles de sucesso solo na Billboard Hot 100, incluindo quatro #1’s . Tem também 29 álbuns na Billboard 200. O álbum mais recente da artista, ‘’Closer to the Truth’’, de 2013, alcançou o No.3 em seu lançamento, a maior estreia da cantora. Incrivelmente, ela também ganhou um #1 single em uma parada da Billboard em cada uma das últimas seis décadas.
Os 20 Maiores Hits de Cher na Billboard
   Para comemorar o 50º aniversário da estreia de Cher nas paradas da Billboard, falamos com a própria. No nosso longo bate-papo, que falou sobre sua frustração de fazer músicas "poppy" no início de 1970, como David Geffen "não estava interessado" em seu retorno musical na década de 1980 (em seu próprio selo!), E como um ato de "desespero" levou ao som vocoder (e auto tune) famoso de "Believe".


    Cher também fala sobre sua "esperança" da volta em turnê, e seus planos preliminares de gravar novas músicas.

Obs: Precedidos pela letra ''B'' e em negrito, estão contidas as perguntas da revista Billboard... Precedidas pelo ''C'', sem negrito, estão as palavras de Cher e em itálico estão as informações adicionais sobre o que está sendo conversado

B: É o 50º aniversário de sua estreia nas paradas da Billboard. Eu não sei se você pode acreditar nisso, mas de fato é verdade.
C: Será que a minha estreia aconteceu antes de Sonny & Cher?

B: Você, de forma solo, na verdade, fez um cover de ‘’All I Really Want to Do’’ de Bob Dylan que estreou antes de Sonny & Cher.
C: Sim, nós estávamos em uma briga enorme com Terry Melcher.

B: É mesmo?
C: Sim ... Terry Melcher [havia produzido] a versão de ‘’All I Really Want to Do’’ dos The Byrds  ... e disseram que iriam nos ‘’enterrar’’. Mas eles não nos enterraram exatamente...

B: [Risos] Não, não. Você fez muito bem.
   Em 03 de julho de 1965, as duas versões (a de Cher e a dos The Byrds) para o cover de ‘’All I Really Want to Do’’ estrearam na Billboard Hot 100. Cher estreou no 86º lugar e The Byrds em 83º. Uma semana depois, Sonny & Cher estrearam o fenômeno ‘’I Got You Babe’’, o que fez a versão de Cher para ‘’All I Really Want to Do’’ crescer posições. No dia 21 de agosto, ela tinha atingido o seu pico, na 15º posição, enquanto a versão The Byrds estava na posição de número 40.

B: Você se lembra da época. Foi algo grande para você ter estreado nas paradas?
C: Você está brincando? Quero dizer, Jesus, era tudo o que estávamos vivendo. Era o que estávamos respirando. Isso era o nosso objetivo. Estávamos lutando e lutando para que ‘’Sonny & Cher’’ emplacasse. E as pessoas não entenderam até que fomos para a Inglaterra e depois que voltamos e eles pensaram que nós éramos Ingleses. Mas eu quero dizer, nós parecíamos mais diferentes do que ninguém. Nós fomos jogados para fora de todos os lugares. Nós não podíamos entrar. ...  Nosso amigo Jack Good era o produtor do [programa de variedades da TV] Shingdig! e ele nos amou. Mas nós tivemos um tempo duro, que era ficar naquele programa, já que parecíamos tão estranho para todos. E então ele disse: "Vocês estão desperdiçando seu tempo aqui, vão para a Inglaterra, que é onde isso vai acontecer para vocês (o sucesso)" ... Mas você sabe, nós lutamos. Tivemos músicas que não deram em nada, e então, de repente, tivemos todas essas músicas de sucesso de uma vez.

  Entre julho e dezembro de 1965, Sonny & Cher alcançaram cinco singles em três selos diferentes (Atco, Reprise e Vault), enquanto agiam como cantores solo, tanto Sonny e Cher emplacaram dois hits cada (pela Atco e Imperial Records, respectivamente).

C: Tivemos músicas solo e tivemos as músicas de Sonny & Cher. O que aconteceu foi que existiam canções que gravamos antes, então quando "I Got You Babe" tornou-se famosa, eles (os selos das gravadoras) lançaram as músicas que tínhamos feito antes "I Got You Babe". Então, tudo acabou sendo lançado ao mesmo tempo.

 O single "I Got You Babe" foi lançado pela Atco Records, como foi a maioria do material da dupla na década de 1960. Após isso, a Reprise Records relançou o single de 1964, “Baby Don’t Go", enquanto a Vault Records fez o relançamento "The Letter“, essa canção tinha sido originalmente gravada pela dupla 1963, sob o nome de César & Cleo. "Baby Don’t Go" alcançou a posição No. 8, e "The Letter" chegou ao número 75.

  Sonny & Cher tiveram um total de 18 singles na Billboard Hot 100, com cinco deles atingindo o top 10. Sua entrada final juntos foi em 1973 com a canção ‘’ “Mama Was a Rock and Roll Singer, Papa Used to Write All Her Songs Part 1.”. Assim como Sonny & Cher encontrou o sucesso nas paradas,  Cher como solista foi bem-sucedida. Ela teve sete singles Hot 100 antes do fim da década de 60, incluindo o No. 2, embora smash hit "Bang Bang (My Baby Shot Me Down).“

B: Você já foi surpreendido por um single que fez muito melhor do que você pensou que ia fazer?
C: Bem, "I Got You Babe". Sonny me acordou no meio da noite para estar ao lado do piano, na sala de estar, e cantar a canção. E eu não gostei da ideia e disse apenas: "OK, eu vou cantar e então eu vou voltar para a cama." Então, eu nunca fui um muito bom termômetro . Eu amei canções que não eram tão grande de hits. Eu amei "Just You" [No. 20]. Eu amei “All I Really Want to Do" muito; foi divertido. Todo mundo achava que era um gravação de Sonny & Cher, porque eles não sabiam que eu poderia saltar as oitavas tão facilmente.

  Sonny estava trabalhando para o produtor Phil Spector no início de 1960, e depois de conhecer Cher em 1962, a dupla fez coral de apoio de fundo para as músicas produzidas por Spector como ‘’You’ve Lost That LovinFeelin’’, hit No.1 dos The Righteous Brothers ("Essa foi a última música que eu fiz o fundo", diz Cher) e "Be My Baby“ das The Ronettes.

B: Seu primeiro hit número 1 em seu próprio país, como artista solo foi em 1971 com "Gypsys, Tramps & Thieves". Você teve três #1’s nos anos 70, e eles foram alguns dos seus singles mais bem-sucedidos em sua carreira. Há alguma dessas canções - porque você já brincou sobre como você sempre tem que fazer essas canções em shows – na qual você está um pouco cansado de cantar? Ou você ainda adora cantar as três porque as pessoas gostam de ouvir?
C: Você sabe, eu não amo cantar estas três músicas mesmo. Eu adoro quando Bob [Mackie, o estilista] me faz uma grande fantasia. [Risos] E então, você sabe, todo mundo vai "oooh" e "ahhh". E isso é divertido para mim ver ... Mas eu sei que as pessoas gostam tanto das três músicas, que não me incomodam. Na verdade, eu nunca as amei muito, nem  quando as gravei.

B: Eu acho que a maioria das pessoas ficaria surpresa com isso. Porque pensamos que quando um artista grava uma canção, eles devem realmente amá-la ou querer gravá-la por algum motivo.
C: Mas você sabe o porquê, naquele tempo eu tinha que estar atualizada, ser reinserida no mercado musical. Quero dizer, de houveram pessoas que me deram canções e eu simplesmente as gravei, as fiz. Eu realmente não tive a chance de usar as músicas compostas por mim naquela época. Eles foram hits. Você sabe, eu não conheço o que é um sucesso porque muitas vezes as músicas comerciais não tem o meu amor. Você sabe, [naquele momento] Eu estava com Jackson Browne, Joni Mitchell e os Eagles, e aqueles eram os tipos de músicas que eu queria fazer, mas eles simplesmente não parecem ... Tipo, eu estava fazendo este tipo de músicas ‘’poppy’’ . Eu não estava contente, necessariamente, para fazê-las, mas ... Tipo, eu nunca gostei de "Dark Lady", e foi um grande sucesso. [Ela foi No. 1 em 1974.] Era como andar com Anjelica Huston, Jack Nicholson e Warren Beatty, e lá estava eu cantando ["Dark Lady"]. Eles estavam fazendo uma arte fabulosa e eu estava fazendo "Dark Lady" Mas então eles foram grandes sucessos, e assim, você sabe, alguém sempre diz: "Você não pode argumentar com grandes sucessos, Cher.“



B: Ainda é arte. Só depende de como você olha para ela, eu suponho. Quer dizer, eu ainda acho que "Dark Lady“ é fabulosa. Quero dizer, vamos lá. É "Dark Lady".
C: Bem, é muito cafona ... E parece estar tudo bem com a ideia de quem eu era naquele ponto de vista das pessoas. E eu realmente meio que queria fazer rock and roll. Eu queria fazer mais rock. Eu tive a chance de fazê-lo mais tarde.

B: Quando você fez seus álbuns na Casablanca Records [Take Me Home, com hit homônimo de No. 8 , e Prisoner, ambos lançados em 1979], era esse tipo de ideia? Pessoas apresentaram canções para você, e você ficou tipo: "Tudo bem, eu vou fazer essas músicas ..." Ou você teve um pouco mais de controle?
C: Não, eu tinha mais ... Bob Esty [que produziu os dois álbuns] e Neil Bogart [o fundador do Casablanca], quero dizer, eles vieram com canções, mas se eu não gostasse, eu não fazia. Depois que eu deixei Sonny [eles se divorciaram em 1975], eu ouvia as pessoas, mas se eu não gostava de uma canção, não tinha jeito ... E também, eu fiz algumas músicas realmente kitsch, como "Shoppin “ (de 1979). Mas eu gostei!

B: Uma das minhas músicas favoritas é "Hell On Wheels“ (de 1979). Eu acho que é muito divertida e eu amo o vídeo da música que você fez, patinação. Achei aquela ideia incrível:

C: Foi muito divertido. Você sabe, não era uma grande canção, mas foi divertida de fazer.



B: Você teve esta enorme quebra [da música] na década de 80, quando você estava fazendo filmes [como Silkwood, de 1983 e The Mask, de 1985]. Houve qualquer tipo de hesitação quando você voltou em 1987 com ‘’I Found Someone“ (lançado pela Geffen Records) ? [Foi o primeiro single de seu álbum ‘’Cher’’. E seu primeiro álbum em mais de cinco anos] Ou foram pensando ‘’Nós vamos fazer isso acontecer’’ ?
C: Não, eu não estava achando que ‘’vamos fazer isso acontecer’’ Eu trabalhei com John Kalodner, e você sabe que David [Geffen, o fundador de sua gravadora homônima] não estava interessado. Quero dizer, você sabe, David é um dos meus melhores amigos e eu adoro ele, mas ele não era tão animado. Mas John Kalodner ... Lembro-me de que Dave e eu estávamos em algum lugar. Foi um show de prêmios, e eu me lembro que estávamos sentados atrás de John Kalodner, e Dave disse: "Você sabe, eu tenho que ir com John Kalodner. Ele acredita que você é outra. Ele acredita que não é mais a mesma’’. Então eu coloquei minhas mãos em John Kalodner e fizemos músicas.

   Uma dessas canções foi "I Found Someone" (co-escrita e produzido por Michael Bolton) que estreou na Billboard Hot 100 em 21 de novembro de 1987. Foi o primeiro single do álbum ‘’Cher’’ pela Geffen Records, e foi seu primeiro hit Hot 100 desde 1979 ("Hell On Wheels"). "I Found Someone" alcançou a posição No. 10 em 5 de março 1988, pouco antes de Cher iria ganhar o Oscar de Melhor Atriz (em Moonstruck: Feitiço da Lua). Cher teve mais dois hits naquela era: "We All Sleep Alone" (No. 14) e "Skin Deep" (No. 79).



C: Eu tive um tempo muito bom com essas músicas. Elas foram músicas que eu queria fazer, sabe? Quero dizer, talvez todas elas não saíram de forma perfeita, mas elas foram músicas que eu realmente amei, e foi o que eu queria fazer. Eu queria fazer esse tipo de música. Elas se encaixaram bem, e eu podia senti-las. Eu realmente senti aquelas músicas. Eu não era uma cantora muito boa, mesmo que essas tenham sido boas canções. Eu sou um cantora muito melhor agora.

B: Você acha que você foi capaz  de crescer em sua voz e se tornar um melhor cantora? Você já teve aulas de canto?
C: Eu fiz. Antes de fazer esse álbum, eu tinha acabado de fazer filmes e não tinha cantado em todos. Eu acho que eu cantei na casa de Paul Newman uma noite, em torno do piano, mas eu não tinha certeza de como isso [o álbum ‘’Cher’’] iria se sair. Bernadette Peters contou-me sobre este fabuloso professor chamado Adrienne Angel. Realmente foi de grande ajuda com a minha voz e me fez ficar muito melhor. Me deu o controle, me deram notas mais altas. Quero dizer, eu canto um bilhão de vezes melhor do que eu jamais fui capaz de cantar no começo.

B: Uau
C: Ouça “You Haven’t Seen the Last of Me" e “I Hope You Find It." Quando eu fui cantar “You Haven’t Seen the Last of Me", eu continuei dizendo a todos: "Eu não posso fazer essa música, eu tentei fazê-la um milhão de vezes, e eu não posso fazê-la . E então, acabei entrando e fazendo, simplesmente assim.

B: Eu pensei que o intervalo no último álbum Closer to the Truth, que contém You Haven’t Seen the Last of Me" e "I Hope You Find It" - foi maravilhoso. Acho que as pessoas podem se surpreender e falar algo como, "Oh, esta é Cher?" As pessoas supõem que [sua voz] sempre vai soar de uma maneira...
C: Sinceramente, acho a coisa mais divertida que já tive que fazer com uma canção foi com "Believe". Porque ninguém sabia que era eu no início, e eu estava tão animada.

B: Foi com essa intenção?
C: Não, ‘’Believe’’ só saiu no desespero.

B: [Risos]
C: Mark [Taylor, co-produtor de ‘’Believe’’] odiava o que eu estava fazendo e ele continuou dizendo para cantar ‘’Believe’’ melhor, porque realmente não era pop até o refrão. Eu simplesmente não podia cantar a canção. Tivemos uma grande briga. Eu sai correndo. Quero dizer, nós éramos muito próximos - nós ainda somos... E ele disse ‘’Não está bom, não está bom“. Então eu disse: "Bem, se você quer que a música fique melhor, trate de arranjar outra pessoa." E eu saí.

B: Uau.
C: E, em seguida, no dia seguinte eu vi este menino chamado Roachford [na televisão] ... e ele estava usando [um] vocoder. E então liguei para Mark, e eu disse: "Eu estou chegando." Entrei e levei o CD [de Roachford, ] e toquei para ele. E ele disse: "Cher, não podemos fazer o vocoder porque você já cantou". E então ele disse: "Você sabe, eu brinquei com a máquina de efeitos sonoros (pitchs). Vá para casa e deixe-me ver o que posso fazer." Voltei no dia seguinte e ele começou a tocar a música para mim, e ... Eu disse: "Nós temos que parar e segurar este momento." E então ele continuou a tocar, fomos alterando os tons para cima e para baixo. Então nós tivemos que lutar contra a gravadora porque o fabuloso Rob Dickins [o então presidente de sua gravadora, a Warner Music UK] foi contra e eu disse: "Você pode mudar a música se passar por cima do meu cadáver.“

B: [Risos]

C: E então foi ótimo. E todos amamos. Eu vim para casa para tocá-la para uma pessoa. Eu só queria que uma pessoa a ouvisse, e foi [o produtor / compositor / executivo] David Foster. Ele ouviu, de costas para mim. E então, depois que ele ouviu, ele se virou e disse: "Só há uma coisa errada com essa música." E eu pensei, "Oh meu Deus, o que é?“. E ele disse: "Eu não fiz isso. Eu não produzi, infelizmente.“



"Believe" foi um sucesso em toda a Europa no final de 1998, incluindo sete semanas como número 1 da UK Singles Chart. (É o single mais vendido por uma mulher solo) "Believe" conquistou a América em dezembro daquele ano e seria No. 1 na Billboard Hot 100 em 13 de março de 1999. "Believe" passou quatro semanas no topo da tabela e terminou 1999 como o single do ano! ‘’Believe’’ foi o primeiro single do álbum homônimo, o de maior sucesso de Cher. O próximo álbum da cantora, ‘’Living Proof’’, foi lançado em 2002. Mas os fãs teriam de esperar mais de 10 anos para seu próximo álbum de estúdio, de 2013, ‘’Closer to the Truth’’. Que teve o single ‘’Woman’s World’’ como carro-chefe, tendo chegada ao número 1 no Dance Club Songs. Ele foi o primeiro de outros singles TOP 5 na parada nesta era.

B: Sua trajetória tem sido tão louca. Você pôde voltar, depois de tanto tempo com o ‘’Closer to the Truth’’, que foi o seu álbum solo mais bem sucedido em todos os tempos na estreia (chegando ao No. 3 na Billboard 200). E então você sai em turnê e você lembra as pessoas sobre a música maravilhosa que você tem. Acho que as pessoas se esquecem, ou não percebem, porque sua carreira foi tão variada ...
C: Não, foi apenas irregular. Quero dizer, como, eu não sabia que eu não tinha feito nada em tanto tempo. Foi 11 anos? Eu não sei. Eu não pensava em gravar novamente. E então, finalmente, um dos meus gerentes disse, "Você realmente deve fazer isso." E então eu finalmente entrei [no estúdio de gravação]. A primeira música que eu fiz foi “Woman’s World". A Warner não estava animada, na verdade, mas eles me deram a chance, então eu tenho que lhes dar crédito. Mas então, quando eu fiz isso, e todos ouviram, pensei: "OK, talvez dê certo“.



B: Bem, você... [Risos] Você está trabalhando em alguma coisa agora?
C: Era para eu ir para ... Mark [Taylor] tem uma canção e eu adorei, e eu deveria ir para a Inglaterra para fazê-la. Mas eu queria sair de férias. E assim…

B: Bem, você sabe…
C: Eu fui em férias em vez disso. Então, eu estou indo para a Inglaterra para fazer algo em outubro, então eu vou logo e trabalharei com Mark.

B: Eu tenho que perguntar, você saiu em turnê para promover seu álbum mais recente [a Dressed To Kill Tour], e por conta de seus problemas de saúde [uma infecção viral aguda que afetou seus rins], você teve que cancelar a segunda etapa. Há esperança de que você volte com a turnê?

C: Sim absolutamente. ... Eu tenho tudo. Nada vai sair do lugar. ... Eu vou manter "Dressed to Kill" e Welcome to Burlesque" [no set list], porque essas são as minhas duas canções favoritas de fazer, na verdade. Nós provavelmente vamos nos livrar de "Take It Like a Man" [do Closer to the Truth] e nós vamos colocar mais alguns hits, provavelmente. Eu não sei. Você sabe, eu estou esperando que eu vou ser capaz de fazer isso. Esse é o meu desejo. Mas eu não posso dizer que eu realmente serei capaz de ... Minha vontade é muito forte, então ... Eu não sei.

B: E também, você tem todas aquelas roupas de Bob Mackie que nós não vimos ainda. O que, você sabe, seria incrível para ver.
Mackie desenhou regularmente o guarda-roupa para as performances de Cher através de sua carreira, mas inicialmente não poderia fornecer equipamentos para a Dressed to Kill Tour. No entanto, ele foi escalado para contribuir com novas roupas para a segunda etapa da turnê.
C: Oh meu Deus. Você não pode acreditar o quão incrível as roupas são ... Oh, ele fez coisas que você simplesmente não pode mesmo acreditar. É tão diferente de tudo. E ele não queria fazer também, porque ele pensou que não teria como fazer. E ele voltou com o material que você não pode mesmo acreditar como eles são lindos. E tão estranho, mas perfeito.

B: Isso faria sentido perfeito. Mas seu estado de saúde atrapalhou as coisas...
C: Sinceramente ... Eu pensei que ia ficar bem, antes do previsto. Mas, honestamente, os médicos não me disseram como eu estava doente na época. Eles só me fizeram acreditar que eu seria capaz de sair em turnê muito mais cedo. Mas eu fiquei tão doente por um tempo tão longo, por isso não havia nenhuma maneira de retornar. Então eu saí do hospital, e eu acho que eu estava em casa e fui até a closet. Eu tive que sentar-me um monte de vezes, porque eu continuei "Eu vou sair fora, eu vou desmaiar." Mas eu estava tão animada que eu ficava de pé. E bebendo muita Dr. Pepper (um refrigerante).

B: A Dr. Pepper, é claro. [Em shows, a diva brinca regularmente sobre seu amor pela bebida.] Mas está tudo bem, você está OK agora?
C: Sim. Eu estou muito melhor. Mas rins dão um susto enorme em você.

B: Eu imagino. Literalmente. Eu teria de imaginar porque felizmente eu não tive essa questão ainda.
C: Eu nunca tive qualquer problema como esse, com sinceridade. Nada jamais aconteceu comigo. Eu tive muita sorte. Eu tenho sido tão sortuda.

B: Bem, você está meio que ... você não pode ser derrubada. Você é uma espécie de super-heroína.
C: Você sabe o que? Eu sou uma espécie de cavalo de batalha. Tina [Turner] e eu somos como isso ... Nós só sabíamos fazer, criar. Você sabe, nós só trabalhamos até que o trabalho estivesse terminado. E eu tenho esse tipo de ética de Sonny, porque ele nunca quis parar de trabalhar.


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